Hospital e Maternidade Santa Isabel e paciente transplantado de rim realizam conscientização sobre o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos
No Brasil, o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, celebrado em 27 de setembro, tem uma origem marcada pelo propósito de salvar vidas. Essa data foi escolhida em homenagem ao aniversário de um grande herói da medicina: o cirurgião brasileiro Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, pioneiro em transplantes de órgãos no país. O Dr. Zerbini realizou, em 1968, o primeiro transplante cardíaco no Brasil, abrindo caminho para uma história de esperança e superação.
Ser um doador de órgãos é um gesto de solidariedade que pode proporcionar uma nova chance de vida a quem enfrenta doenças graves, como insuficiência renal, cardíaca, hepática, entre outras. Entretanto, é crucial destacar que a doação de órgãos é um ato que deve ser comunicado à família, pois, mesmo com a identificação da intenção de doar em documentos como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o consentimento familiar é necessário.
Mitos e Verdades sobre Doação de Órgãos
Mito: Órgãos são retirados de pessoas vivas.
Verdade: A doação de órgãos só ocorre após a confirmação da morte encefálica, um diagnóstico extremamente rigoroso, que assegura a ausência de atividade cerebral irreversível.
Mito: Ricos têm mais acesso a transplantes.
Verdade: O sistema de transplantes é baseado na fila única, onde a compatibilidade e urgência determinam a distribuição dos órgãos, garantindo um processo justo e igualitário.
Mito: Corpos doados para a doação de órgãos não podem ser velados.
Verdade: É possível realizar o velório normalmente, e o corpo é tratado com todo o respeito e cuidado.
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 1,9 milhões de pessoas registradas como doadores de órgãos, um número expressivo, mas que ainda não atende à crescente demanda. A lista de espera por transplantes segue longa, com mais de 60 mil brasileiros aguardando por um órgão ou tecido que lhes restitua a qualidade de vida.
Nesse cenário, o Hospital e Maternidade Santa Isabel, em Sergipe, desempenha um papel essencial na constituição e fortalecimento da Comissão Intrahospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). A instituição trabalha incansavelmente para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e auxiliar no processo de doação, buscando sempre a melhor utilização desse gesto de solidariedade.
O Relato Inspirador de Elvis
Elvis, um sergipano de 42 anos, é um exemplo vivo da importância da doação de órgãos. Em 2013, ele descobriu que era paciente renal crônico e passou dois anos realizando hemodiálise, uma rotina desgastante e cheia de desafios. Finalmente, em 2015, Elvis teve a oportunidade de receber um transplante de rim, que lhe concedeu uma nova vida.
Elvis não parou por aí. Consciente da realidade da doação de órgãos em Sergipe, onde a taxa de negativa familiar é de 70%, ele se tornou um defensor ativo da causa. Em parceria com o Hospital e Maternidade Santa Isabel, Elvis compartilha sua história e experiência, inspirando outros a considerar a doação e a conversar com suas famílias sobre esse gesto altruísta que pode salvar vidas.
No Dia Nacional da Doação de Órgãos, a história de Elvis e a dedicação do Hospital e Maternidade Santa Isabel enfatizam à população o quanto o ato de doar é importante para salvar vidas e transformar tragédias em recomeços, fazendo diferença na vida daqueles que aguardam por um transplante.